NORMAM 02 e seus requisitos
NORMAM (Norma da Autoridade Marítima) especificações com forçade lei para regular tudo a que se refere às atividades aquaviárias, asquais o engenheiro naval deve seguir ao conceber seu projeto.
A NORMAM 02 estabelece normas da Autoridade Marítima paraembarcações destinadas à navegação interior, sendo aplicada a todas asembarcações de bandeira brasileira destinadas à navegação interior comexceção as embarcações empregadas na atividade de esporte e/ou recreio.
Esta sofreu uma revisão com objetivo de garantir maior segurançapara as embarcações. Dessa forma, quando uma balsa transportadorade combustíveis e líquidos inflamáveis atracar no porto para operaçãode carregamento e descarregamento, faze-lo com as medidasprotetivas certas a fim de garantir a diminuição de emanações dosvapores para a atmosfera e consequentemente diminuir o risco deuma explosão por haver menos vapores, formando uma atmosferaexplosiva, protegendo também o meio ambiente e a saúde daspessoas em volta.
- Reduzir a exposição de pessoas que operam as embarcações aos vapores dos fluidos, principalmente o Benzeno, presente na gasolina;
- Minimizar as perdas por evaporação;
- Impedir a transmissão de chama para o interior dos tanques;
- Reduzir a poluição do meio ambiente;
- Evitar a contaminação dos fluidos transportados com a umidade do ar.
Texto conforme NORMAM 02
1 – “O sistema de ventilação dos tanques deve ser dotado de dispositivo destinado a manter os tanques fechados e protegidos, assegurando que nem a pressão ou vácuo nos tanques excedam os parâmetros estabelecidos em projeto. Este dispositivo deve ser composto por Válvulas de Alívio de Pressão e Vácuo (VAPV) e Corta-Chamas (CC), certificados de acordo com a norma ABNT NBR ISO 16852 – “Corta-chamas – Requisitos de desempenho, métodos de ensaio e limites de aplicação”. O certificado deverá ser emitido por organismos credenciados”
2 – “Devem ser instaladas Válvulas de Alívio de Pressão e Vácuo com Corta-Chamas incorporado, de forma individual para cada tanque. Como alternativa, pode ser instalado um sistema único de coleta de vapores, ligados a uma VAPV com CC. Neste caso, também deve ser instalado um Corta-Chamas individual para cada tanque.”
Aqui neste item, a NORMAM 02 determina que devem ser instaladas uma VAPV+CC para cada tanque individualmente, diferente das configurações atuais que são práticas de mercado, onde geralmente é uma VAPV para cada dois tanques.
A instalação das válvulas de alívio de pressão e vácuo com ou sem corta-chamas garantem que o ajuste de pressão e vácuo que não vão exceder os parâmetros estabelecidos em projeto (PMTA – Pressão máxima de trabalho admissível e VMTA – Vácuo máximo de trabalho admissível também conhecido como pressão externa do tanque) onde o seu objetivo é manter a mistura ar + vapor dentro do tanque o máximo do tempo e evitar a entrada de ar para dentro do tanque.
O corta-chamas integrado evita a transmissão de chama no caso de uma deflagração atmosférica (explosão).
A alternativa proposta pela NORMAM 02, autoriza criar um sistema único de coleta dos vapores, através de uma tubulação que interligara todos os tanques levando os vapores ou admitindo ar por uma única VAPV+CC. E para cada saída do tanque deverá ser instalado um corta-chamas a prova de detonação em linha.
O corta-chamas a prova de detonação em linha é um dispositivo de segurança, deve ser projetado e ensaiado de acordo com a Norma brasileira ABNT NBR ISO 16852 – “Corta-chamas – Requisitos de desempenho, métodos de ensaio e limites de aplicação” e deve ser ensaiado e aprovado em bancada homologada e certificada por organismos de terceira parte. Outros tipos de certificação também são aceitos como do Tipo Type Approval dos fornecedores internacionais.
Porém esta configuração, só poderá ser utilizada para tanques com fluídos que não possuem problemas de contaminação cruzada como Etanol e Gasolina.
Já para o tanque de diesel, não é recomendado, pois os vapores da gasolina mudam as características e prejudicando a qualidade dele.
Para o dimensionamento das VAPV com CC incorporado, deve ser considerada a vazão por ocasião do carregamento ou do descarregamento dos tanques, assim como a influência climática devido ao aquecimento solar ou resfriamento e em conformidade com a norma ISO 28300.
Com relação a periodicidade dos testes, está definida acima que é a cada24 meses, ou seja, 2 anos. Além disso recomendamos que inclua no plano de manutenção, a inspeção das válvulas periodicamente, gerando assim prontuários e relatórios de inspeção e manutenção que vão auxiliá-los na melhor definição da periodicidade de inspeção entre os 24 meses para maior segurança.
Válvula para Balsas
Equipamento operado por lastros que são dimensionados para aliviar vapores em determinadas pressões positivas ou negativas, podendo conter o elemento corta-chamas para bloquear a entrada de fogo para o interior do tanque.
As válvulas ROMÃO possuem a maior capacidade de vazão do mercado, garantindo um tempo de resposta ultrarrápido ao atingir a pressão que ela foi projetada, protegendo o tanque e reduzindo as perdas.
Além de possuírem a tecnologia de sobressão de 10% •que garante que o equipamento iniciará a abertura em ajustes10% abaixo da pressão de alívio total. Essa tecnologia garante que seu equipamento ficará “aberto” por menos tempo em comparação com concorrentes que iniciam a abertura até 40% abaixo do lift total, contribuindo para redução das perdas.
100% das nossas válvulas ensaiadas em túnel de vazão conforme API 2000, garantindo o desempenho do seu equipamento.
Corta – Chamas
De acordo com a Norma ABNT NBR ISO 16852, Corta-Chamas são dispositivos de segurança instalados na abertura de um equipamento ou no duto de conexão de um sistema de processo e cuja função pretendida é permitir o fluxo, mas evitar a transmissão de chama.
São dispositivos projetados para uso em áreas com risco de explosão e para processos específicos de combustão. É composto de corpo, armação ou conjunto abafador, elementos corta-chamas e espaçadores.
O seu funcionamento é por extinção térmica, ou seja, o fogo é extinto quando tenta atravessar um espaçamento que extingue sua energia. Possuem uma condição estrutural robusta, capaz de atender as mais severas condições de uso. Os requisitos de qualidade e certificação dos corta chamas ROMÃO, são auditados segundo a norma ABNTNBR ISO 16852 e a bancada de deflagração e detonação possui o “Statement of Compliance”, declaração de conformidade emitido por um organismo de terceira parte(DNV – GL)