Entenda por que válvulas e corta-chamas certificados são obrigatórios para sua obra.
Ao projetar tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis ou voláteis, nenhuma construtora, EPCista ou engenharia pode negligenciar a importância crítica das válvulas de alívio de pressão e vácuo (VAPV), dos corta-chamas e dos respiros de emergência. Esses dispositivos são componentes essenciais para garantir a segurança da operação, proteger a integridade dos ativos industriais e assegurar a conformidade com normas técnicas e ambientais cada vez mais rigorosas.
As válvulas de alívio de pressão e vácuo têm a função vital de controlar a pressão interna dos tanques. Elas atuam em duas frentes: aliviando a sobrepressão causada por fatores como aquecimento ou carregamento, e admitindo ar externo em situações de subpressão, como durante a descarga de produto. A ausência ou falha dessas válvulas pode resultar em eventos críticos, como explosões ou colapsos estruturais, com impactos devastadores à operação e ao meio ambiente. Da mesma forma, os corta-chamas atuam como barreiras contra a propagação de chamas externas. Em ambientes com atmosfera inflamável, um foco de ignição pode provocar a retropropagação da chama até o interior do tanque. O corta-chamas é responsável por bloquear esse avanço, evitando que uma simples faísca evolua para uma catástrofe industrial.
Para que esses dispositivos cumpram de fato sua função, é essencial que sejam certificados segundo normas internacionais e nacionais como a ABNT NBR ISO 28300 / API 2000 e a ABNT NBR ISO 16852. Essas normas estabelecem exigências de desempenho rigorosas, como ensaios de vazão certificada, calibração precisa, estanqueidade garantida, e resistência a fogo externo. O cumprimento dessas exigências assegura que as válvulas e corta-chamas responderão com precisão e segurança em situações críticas. Um exemplo claro: se a curva de vazão fornecida pelo fabricante não for certificada por terceira parte, o risco de falha por sobrepressão ou subpressão aumenta significativamente.
A norma ISO 28300, em particular, determina que tanques que não possuem teto com solda frágil devem obrigatoriamente contar com um respiro de emergência. Este equipamento é a última linha de defesa contra sobrepressões extremas não previstas, como em casos de incêndio externo. Mesmo em tanques com solda frágil, o uso do respiro pode ser altamente recomendado para evitar a destruição total da estrutura, protegendo o investimento em ativos e reduzindo a necessidade de reposição de equipamentos inteiros após eventos críticos.
Além disso, a norma ISO 16852, que regula os corta-chamas, deixa claro que os ensaios devem ser realizados no conjunto montado da válvula com o corta-chamas, pois apenas assim é possível garantir a efetividade real do equipamento diante de uma deflagração ou explosão. Ensaios feitos com os elementos isolados não são válidos para certificação. É nesse ponto que entra o conceito de Type Approval — ou Certificação de Tipo — que comprova que o produto foi testado, aprovado e auditado segundo os parâmetros exigidos pelas normas internacionais.
O processo de obtenção do Type Approval envolve ensaios técnicos em laboratório acreditado, auditorias periódicas dos processos de fabricação e validação contínua por entidades independentes. Com isso, garante-se que o desempenho do dispositivo não se limita a um protótipo testado, mas que todos os produtos em linha seguem o mesmo padrão de qualidade. Equipamentos sem essa certificação colocam em risco vidas, processos e patrimônios, além de poderem invalidar a cobertura de seguros industriais em caso de acidentes.
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