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Corta-chamas no setor de saneamento: segurança em sistemas com atmosferas explosivas

O setor de saneamento, tanto no tratamento de água quanto de efluentes, enfrenta desafios crescentes relacionados à segurança operacional. Processos que envolvem a geração, transporte e armazenamento de gases podem criar atmosferas explosivas em pontos críticos, principalmente em tanques, dutos e sistemas de ventilação. Em ambientes onde há liberação de vapores inflamáveis ou acúmulo de gases provenientes da degradação de compostos orgânicos, os riscos de ignição e propagação de chama são significativos. Nesse cenário, os corta-chamas se consolidam como dispositivos indispensáveis.

O corta-chamas é projetado para impedir a propagação de chamas em sistemas contendo misturas inflamáveis. Sua atuação se dá por meio de um elemento interno metálico que dissipa a energia térmica. Essa função é particularmente relevante em instalações de saneamento onde existem linhas de ventilação, sistemas de armazenamento ou processos que utilizam ou geram produtos químicos voláteis e inflamáveis. Nos tanques de armazenamento de produtos utilizados em estações de tratamento, o risco de formação de atmosfera explosiva exige soluções de segurança confiáveis. As linhas desses tanques, por exemplo, devem ser equipadas com válvulas de alívio acopladas a corta-chamas, de modo a controlar a pressão interna e, simultaneamente, impedir que uma chama externa avance para o interior do reservatório. Essa proteção é crucial para evitar acidentes graves decorrentes da ignição de vapores.

Outra aplicação estratégica dos corta-chamas no saneamento está nas redes de ventilação. Sistemas de coleta de gases e odores, comuns em unidades de tratamento de efluentes, podem conduzir misturas inflamáveis ao longo de dutos extensos. Nesse contexto, a instalação de corta-chamas em linha garante que, em caso de ignição localizada, a chama não percorra toda a tubulação, minimizando riscos de explosões em cadeia. Além disso, instalações que utilizam sopradores ou compressores para movimentação de gases requerem proteção adicional. Esses equipamentos, ao operarem em contato com misturas inflamáveis, estão sujeitos ao risco de faíscas internas ou superaquecimento. A presença de corta-chamas próximos a esses pontos críticos reduz a probabilidade de que uma eventual ignição comprometa toda a rede de transporte de gás.

O setor de saneamento também deve atentar-se às normas técnicas que regulam a aplicação desses dispositivos. A ISO 16852 estabelece requisitos para projeto, ensaio e classificação dos corta-chamas quanto à sua capacidade de conter deflagrações ou detonações. No Brasil, as exigências de áreas classificadas (atmosferas potencialmente explosivas), reforçam a obrigatoriedade de se adotar barreiras físicas contra a propagação de chamas em ambientes com risco de explosão.

Por fim, é fundamental destacar que a eficiência dos corta-chamas está diretamente ligada à correta especificação e manutenção. O acúmulo de resíduos, partículas ou corrosão em seu elemento interno pode comprometer sua capacidade de dissipar calor, tornando-o ineficaz. Inspeções regulares e procedimentos de limpeza adequados são parte integrante da gestão de segurança. Assim, o corta-chamas deve ser compreendido como um dispositivo crítico para a proteção de pessoas, instalações e processos. Sua aplicação em tanques, sistemas de ventilação e equipamentos auxiliares garante a continuidade operacional e a conformidade com normas de segurança, consolidando-o como peça chave para a modernização e confiabilidade do setor de saneamento.

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